Original em inglês disponível em https://bit.ly/2YOiMiD       

NOVO RELATÓRIO DO SERVIÇO GEOLÓGICO DOS ESTADOS UNIDOS (USGS) MOSTRA AUMENTO DE TRINTA POR CENTO NAS IMPORTAÇÕES DE AMIANTO BRASILEIRO PELA INDÚSTRIAS NORTEAMERICANAS DE CLORO-ÁLCALIS

ADAO E ABREA URGEM PELA PROIBIÇÃO DA IMPORTAÇÃO E DO USO DE AMIANTO

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5 de Fevereiro de 2021

O que se segue é uma declaração conjunta entre Linda Reinstein, cofundadora e presidente da Organização de Conscientização para as Doenças do Amianto (ADAO), e Fernanda Giannasi, fundadora da Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (ABREA), em resposta ao Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que divulgou recentemente dados de 2020 sobre as importações de amianto naquele país.

Washington, D.C.Na sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021, o US Geological Survey (Serviço Geológico dos Estados Unidos) (USGS) divulgou dados de 2020 sobre as importações de amianto brasileiro, revelando que os Estados Unidos importaram cerca de 300 toneladas brutas de amianto crisotila, um aumento de mais de 30 por cento em relação ao ano anterior. Quase todas essas importações vieram do Brasil, onde se que decretou uma proibição do amianto em todo o território nacional em novembro de 2017.

“É horrível que a indústria americana de cloro e álcalis tenha importado mais 30% de amianto crisotila em 2020 do que em 2019”, disse Linda Reinstein, presidente da ADAO. “A cada ano, quase 40.000 americanos morrem de doenças evitáveis ​​relacionadas ao amianto. Os fatos são irrefutáveis. Sabemos que todos os seis tipos de fibras de amianto são cancerígenos, que não existe um nível seguro ou controlado de exposição ao amianto e que os métodos de gestão para reduzir a exposição são ineficazes e põem em perigo a saúde pública. Os americanos não podem esperar – o amianto deve ser banido imediatamente.”

“É um fato bem documentado que o amianto é um reconhecido cancerígeno, que causa, além do câncer de pulmão, o de laringe e de ovário, bem como o mesotelioma e a asbestose. É repreensível que os Estados Unidos não estejam apenas arriscando a vida de seus próprios cidadãos, mas também ativa e conscientemente estão arriscando a vida de trabalhadores no Brasil”, disse Fernanda Giannasi, da Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto, e ex – Auditora Fiscal do Trabalho do extinto Ministério do Trabalho brasileiro (atual Ministério da Economia).

“Exorto a indústria de cloro e álcalis dos EUA a repensar suas ações e parar de matar brasileiros para manter seus lucrativos interesses. Os EUA têm um papel central neste momento para convencer outros países a parar de minerar, importar / exportar, comercializar e usar este mineral letal”, continuou Giannasi.

O relatório do USGS afirma: “A indústria do cloro-álcalis é a única consumidora doméstica remanescente do mineral amianto in natura.”

Reinstein acrescentou: “Em dezembro de 2020, a EPA (Agência de Proteção Ambiental americana) determinou que o uso do diafragma de amianto crisotila no setor de cloro-álcalis apresenta riscos excessivos para a saúde. De acordo com o documento da Chlorine Chemistry Division 2020, as empresas Olin e Occidental Chemical Corporation (OxyChem) têm dez fábricas nos estados americanos do Alabama, Arkansas, Kansas, Louisiana, Nova York e Texas que continuam a usar diafragmas de amianto crisotila. A redução nas fábricas que usam o diafragma de amianto crisotila prova que a indústria pode fazer a transição para a tecnologia sem amianto.”

A ADAO e a ABREA pedem à EPA e ao Congresso americano que parem as importações e o uso do amianto já.

Os EUA tentaram proibir o amianto em 1989; no entanto, a proibição foi revogada dois anos depois, após uma contestação legal pró-indústria do amianto. Os EUA são o único país ocidental industrializado a permitir a continuação das importações e uso do amianto letal.

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Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto/Brazilian Association of the Asbestos Exposed People (ABREA) || Website: www.abrea.org.br 

Organização de Conscientização das Doenças do Amianto /Asbestos Disease Awareness Organization (ADAO) || Website: www.asbestosdiseaseawareness.org