Dados obtidos pela ADAO junto à Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos (ITC) confirmaram que a indústria de cloro-álcalis dos EUA importou 114 toneladas métricas de amianto crisotila bruto nos primeiros três meses de 2022. Isso é mais amianto do que as 100 toneladas métricas que a indústria importou durante todo o ano de 2021. As importações de amianto de 2022 vieram do Brasil e da China e entraram nos EUA por cinco portos: Houston-Galveston, TX; Nova Orleans, LA; Los Angeles, CA e Norfolk, VA.
“É preocupante que os produtores de cloro-álcalis estejam aumentando as importações de amianto no momento em que a Agência de Proteção Ambiental (EPA) está propondo proibir o uso de amianto pela indústria em dois anos. Essas empresas estão claramente apostando em impedir a proibição proposta e continuam confiando nessa substância mortal, apesar da disponibilidade e uso generalizado de tecnologias economicamente viáveis sem amianto”, disse Linda Reinstein, presidente da ADAO. “Isso não apenas coloca vidas americanas em risco, mas também coloca em risco mineradores no Brasil e na China, que estão expostos ao amianto de maneira insegura durante as operações de mineração, processamento, transporte e importação/exportação”.
A cada ano, 40.000 americanos morrem de doenças evitáveis causadas pelo amianto, como mesotelioma, câncer de pulmão e asbestose. O número dos mortos em países onde o amianto ainda é extraído e amplamente utilizado é muito maior.
“Nós apoiamos a ADAO e conclamamos a indústria de cloro e álcalis dos EUA a acabar com as importações e o uso de amianto, um carcinógeno bem conhecido e letal”, disse a fundadora da ABREA, Fernanda Giannasi.
“Testemunhei o sofrimento das doenças do amianto em meu país e sei que tanto os trabalhadores quanto suas famílias vulneráveis merecem ser protegidos desse conhecido agente cancerígeno. Os EUA deveriam seguir mais de 70 outras nações ao redor do mundo que já baniram o amianto. A proibição dos EUA salvará a vida de mineradores brasileiros, que agora estão produzindo amianto para o benefício de empresas americanas. O uso de amianto diminuiu drasticamente na indústria global de cloro e álcalis e é trágico que alguns produtores dos EUA ainda estejam lutando contra a proibição do amianto”.
A ADAO está apoiando fortemente a proibição proposta pela EPA do uso de amianto por produtores de cloro-álcalis e defendendo que o Congresso promulgue uma proibição abrangente de todas as importações e usos do amianto. Leia as perguntas frequentes no website da ADAO para conhecer os fatos sobre o amianto e as declarações enganosas da indústria.