May 17, 2022
 
 
As importações de amianto dos EUA já supra as importações de 2021. ADAO E ABREA pedem a proibição imediata das importações e uso de amianto A seguir, uma declaração conjunta entre Linda Reinstein, cofundadora e presidente da Asbestos Disease Awareness Organization (ADAO), e Fernanda Giannasi, fundadora da Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (ABREA), em resposta ao aumento da importação do amianto crisotila em 2022.
 
Washington, D.C.  — A Asbestos Disease Awareness Organization (ADAO), uma organização independente sem fins lucrativos dedicada à prevenção da exposição ao amianto através da educação, advocacia e comunidade, divulgou hoje uma declaração conjunta com a Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (ABREA), a principal organização no Brasil dedicada à proibição do amianto.

Dados obtidos pela ADAO junto à Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos (ITC) confirmaram que a indústria de cloro-álcalis dos EUA importou 114 toneladas métricas de amianto crisotila bruto nos primeiros três meses de 2022. Isso é mais amianto do que as 100 toneladas métricas que a indústria importou durante todo o ano de 2021. As importações de amianto de 2022 vieram do Brasil e da China e entraram nos EUA por cinco portos: Houston-Galveston, TX; Nova Orleans, LA; Los Angeles, CA e Norfolk, VA.

“É preocupante que os produtores de cloro-álcalis estejam aumentando as importações de amianto no momento em que a Agência de Proteção Ambiental (EPA) está propondo proibir o uso de amianto pela indústria em dois anos. Essas empresas estão claramente apostando em impedir a proibição proposta e continuam confiando nessa substância mortal, apesar da disponibilidade e uso generalizado de tecnologias economicamente viáveis ​​sem amianto”, disse Linda Reinstein, presidente da ADAO. “Isso não apenas coloca vidas americanas em risco, mas também coloca em risco mineradores no Brasil e na China, que estão expostos ao amianto de maneira insegura durante as operações de mineração, processamento, transporte e importação/exportação”.

A cada ano, 40.000 americanos morrem de doenças evitáveis ​​causadas pelo amianto, como mesotelioma, câncer de pulmão e asbestose. O número dos mortos em países onde o amianto ainda é extraído e amplamente utilizado é muito maior.

“Nós apoiamos a ADAO e conclamamos a indústria de cloro e álcalis dos EUA a acabar com as importações e o uso de amianto, um carcinógeno bem conhecido e letal”, disse a fundadora da ABREA, Fernanda Giannasi.

“Testemunhei o sofrimento das doenças do amianto em meu país e sei que tanto os trabalhadores quanto suas famílias vulneráveis ​​merecem ser protegidos desse conhecido agente cancerígeno. Os EUA deveriam seguir mais de 70 outras nações ao redor do mundo que já baniram o amianto. A proibição dos EUA salvará a vida de mineradores brasileiros, que agora estão produzindo amianto para o benefício de empresas americanas. O uso de amianto diminuiu drasticamente na indústria global de cloro e álcalis e é trágico que alguns produtores dos EUA ainda estejam lutando contra a proibição do amianto”.

A ADAO está apoiando fortemente a proibição proposta pela EPA do uso de amianto por produtores de cloro-álcalis e defendendo que o Congresso promulgue uma proibição abrangente de todas as importações e usos do amianto. Leia as perguntas frequentes no website da ADAO para conhecer os fatos sobre o amianto e as declarações enganosas da indústria.